quarta-feira, 11 de maio de 2011

Meu museu imaginário


 Quando eu era criança gostava muito de assistir o Sitio do Pica- Pau Amarelo da obra de Monteiro Lobato,isso faz parte do meu museu,lembro um dia que o Pedrinho foi embora do Sitio,e eu chorei muito,porque ainda não entendia na minha inocência de criança que aquilo não era realidade,acho que toda criança naquela época olhava o Sitio do Pica- Pau Amarelo,a não ser as que não tinham televisão o que era bem comum nos anos 80,lembro determinados episódios além daquele do Pedrinho,o do casamento da boneca Emília com o porquinho Rabicó. Do episódio que eles entravam num quadro e ali acontecia várias coisas,e eu ficava imaginando como era entrar num quadro,e uma vez que o mar veio para perto do sitio e a cuca tentou tirar de balde como se isso fosse possível,era tudo muito engraçado e a gente tinha que acompanhar para ver o que aconteceria no capitulo do dia seguinte,confesso que esse programa estimulava muito a minha imaginação,era muito bom o Sitio do Pica Pau Amarelo.
Roque Santeiro,que foi exibida na globo no de 1985 até 1986,e os personagens marcantes que não esqueci foi a viúva Porcina( Regina Duarte) e Sinhozinho Malta (Lima Duarte),era uma novela engraçada de um santo que não tinha morrido,e de uma viúva que não era viúva.

Cazuza deixou muitas músicas não só gravadas mas também na lembrança de cada um de nós,como Ideologia,O tempo não para,Codinome Beija -Flor e O nosso amor a gente inventa entre tantas outros sucessos.
Ayrton Sena deixou muitas saudades nas manhãs de domingo quando com a musica da vitória chegava em primeiro lugar na formula 1,quem não tem saudades deste brasileiro que tão cedo nos deixou fazendo aquilo que ele gostava,correr representando seu país.
Quem poderia esquecer do Velho Guerreiro,O Chacrinha,que divertia as tardes de sábado e distribuía muitos abacaxis para quem cantasse mal. E está frase dele quando a li lembrei da primeira aula de Português de uma professor que falava comunicar-se,que quem não se comunica se dá mal,perde oportunidades.
E estes quem são? O galã Lauro Corona que eu lembro tirava suspiro de muitas moças, e quando ele interpretava com a Glória Pires eram magníficos os dois juntos.
Estas flores simbolizam para mim a casa dos meus avós paternos,aqui é a frente da casa,minha avó de origem alemã gostava muito de flores,e de plantar muitas coisas,fecho olhos e lembro seu sorriso,lembro o gosto e cheiro daquilo tudo que fazia para sua família,até hoje também quando sinto o cheiro do fumo em corda lembro o cheiro do meu avô que era fumante,lembro de mim e dos meus primos queridos correndo por este lugar,livres como passarinhos,de um tempo inesquecível que deixou saudades para todos nós.
Este aqui era o poço da casa dos meus avós,hoje é puxado com bomba mas na época que eu era criança tínhamos que puxar a mão a água para o consumo,lembro a felicidade deles quando puderam então ter a luz elétrica,hoje passado tanto tempo que eles se foram desta vida,impossível dizer que não sinto saudades do doce sabor da infância.
Como falar em lembranças e não citar as lavouras de arroz de minha Cachoeira do sul,conhecida como a capital do arroz,e cada vez que sinto o cheiro de uma lavoura de arroz germinando me vem na memória do meu avô materno que trabalhou a vida toda nas empresas de arroz,colhendo o grão do começo ao fim da safra,e a minha avó trabalhando cozinhando no fogão a lenha para vários homens que trabalham de sol a sol,como não ter orgulho dessas pessoas que trabalham para fazer o futuro de nosso país.
Na minha memória trago doces lembranças de pessoas,sabores,perfumes, e animais que passaram na minha vida deixando muita saudades e cada um deles trouxe para mim um significado muito importante,o cachorro da esquerda era o meu Barão,querido,sempre digo que ele morreu mas antes salvou minha vida,pois pouco antes de morrer ele me acordou e eu sai de dentro de minha casa onde minutos depois cairia um raio que o levaria de mim para sempre,o do meio o Duque que esta lá conosco até hoje e o meu Buscapé querido que também já se foi deixando saudades.
finalizando o meu museu imaginário,não poderia faltar o meu querido Pai,ainda lembro do seu cheiro,do seu sorriso ,das suas broncas, e da sua coragem de levar a vida,do abraço apertado que ele me deu um dia antes de sua morte,onde nós não sabíamos que seria o último,lembro quando o meu pai gargalhava e dava para ouvir de longe,e tudo isso faz parte do meu caráter e da minha personalidade,tive e tenho orgulho de ser filha deste homem que foi admirado por todos que o conheceram,e eu o privilégio de ser sua filha,Jorge Saraiva Colbeich meu falecido Pai.